terça-feira, 19 de março de 2013

SIST. GI ALTO - Contra-indicações ao Sulfato de Bário


A mistura baritada é contra-indicada se há alguma chance de que a mistura possa escapar para a cavidade peritoneal. Esse escape pode ocorrer em virtude de uma víscera perfurada, ou durante uma cirurgia realizada após o procedimento radiográfico. Em qualquer uma dessas condições, deve-se usar um contraste iodado solúvel em água. Um exemplo desse tipo de contraste é o Gastroview, mostrado na Fig. 14.40, em um frasco de 240 ml. Outros exemplos são o Gastrografinou, o Hypaque Oral, ambos facilmente removidos por aspiração antes ou durante a cirurgia. Se houver escape desses tipos de contraste para a cavidade peritoneal, o organismo é capaz de reabsorvê-lo prontamente. O sulfato de bário, por outro lado, não é absorvível.
Uma desvantagem dos contrastes solúveis em água é o gosto amar­go. Embora possam ser misturados a bebidas carbonatadas para disfarçar o gosto amargo, geralmente são usados puros ou diluídos em água. O paciente deve ser alertado quanto ao gosto do material a ser usado no procedimento.

Advertência: O contraste iodado não deve ser usado se o paciente é sensível ao iodo.
Deve também ser dito que um pequeno número de pacientes é hipersensível ao sulfato de bário e seus aditivos. Embora essa seja uma ocorrência rara, o paciente deve ser observado quanto a quaisquer sinais de reação alérgica.

DUPLO CONTRASTE
A técnica de duplo contraste é amplamente empregada na busca diagnóstica de certas condições e doenças durante a SEED. Alguns centros também realizam esofagografia 
com duplo contraste. O uso de procedi­mentos com duplo contraste empregando meios radiopacos e radiotransparentes foi desenvolvido no Japão, onde há alta incidência de câncer gástrico.
O contraste radiopaco é o sulfato de bário. É usado o bário de alta densidade, oferecendo uma boa cobertura da mucosa gástrica. Há um recipiente comercializado, pré-medido, em que uma quantidade deter­minada de sulfato de bário é fomecida para que o técnico possa adicionar água e misturar completamente o contraste.
O contraste radiotransparente é o ar ambiente ou o dióxido de carbono. Para fazer o ar ganhar o TGI alto, pequenos furos são feitos com agulha no canudo usado para o paciente ingerir o bário. Assim, o ar será deglutido junto com o bário.
O dióxido de carbono é criado quando o paciente ingere cristais produtores de gás.
Duas formas comuns desses cristais são o citrato de cálcio e o citrato de magnésio. Ao alcançarem o estômago, esses cristais formam uma grande bolha de gás. O gás se mistura com o bário e força-o contra a mucosa gástrica, fornecendo melhores cobertura e visibilidade da mucosa e de seus padrões (Fig. 14.4 1). As pregas da mucosa longitudinal e do estômago são vistas na Fig. 14.42 (setas). Potenciais pólipos, divertículos e úlceras são demonstrados melhor com a técnica do duplo contraste.

ELIMINAÇÃO INTESTINAL DO BÁRIO APÓS O EXAME (DEFECAÇÃO)
Urna das funções normais do intestino grosso é a absorção de água.
Qualquer mistura de sulfato de bário existente no intestino grosso após o procedimento seriográfico ou o enema de bário pode se tornar endurecida ou solidificada e, consequentemente, dificultar a evacuação. Alguns pacientes podem requerer um laxante após o exame para ajudar a remover o bário.
Se os laxantes estiverem contra-indicados, deve-se aumentar a ingestão de líquidos ou de mais óleo mineral até que as fezes fiquem livres de todos os traços do sulfato de bário.



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