segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ESTÔMAGO - SIST. GASTROINTESTINAL ALTO


Estômago
Palavra grega gastersignifica estômago; por conseguinte, gastro-é um termo comum que quer dizer estômago, daí o termo trato gastrintestinal.
O estômago, localizado entre o esôfago e o intestino delgado, é a porção mais dilatada do tubo digestivo. Quando vazio, o estômago ten­de a estar silabado. Quando solicitado como um reservatório para ali­mento e líquido deglutidos, o estômago é notavelmente expansível. Após uma grande refeição, o estômago é capaz de se distender a um ponto próximo ao ponto de ruptura.
Como a forma e a posição do estômago são altamente variáveis, a forma e a localização médias serão usadas nas próximas ilustrações, com as variações vistas mais adiante neste capítulo.

ORIFíCIOS E CURVATURAS GÁSTRICAS
A junção esofagogástrica (orifício cardíaco) é uma abertura entre o esôfago e o estômago (Fig. 14.13). Um pequeno músculo circular, chama­do esfíncter cárdico, permite que alimentos e líquidos atravessem o orifício cárdico. Essa abertura (Junção esofagogástrica) é comumente chamada de orifício cárdico, em referência ao relacionamento anatômico desse orifício
com a porção do diafragma próxima ao coração, onde este repousa.
Superiormente a esse orifício encontra-se um nó, chamado nó cárdico (incisura
ardíaca). Essa porção esofágica distal abdominal se encurva para formar uma
porção ligeiramente mais dilatada do esôfago terminal, chamada de antro cárdico.
A abertura, ou orifício, do estômago distal é denominada orifício pilórico, às vezes chamada apenas pilaro. O esfíncter pilórico desse orifício é um anel muscular espessado que se relaxa periodicamente durante a digestão, permitindo que o conteúdo gástrico se dirija para a porção inicial do intestino delgado, o duodeno.
A pequena curvatura, se estendendo ao longo da borda direita, ou medial, do estômago, forma uma borda côncava que vai do cárdia ao orifício pilórico.      
A grande curvatura se estende ao longo da borda esquerda, ou lateral, do estômago; é quatro a cinco vezes maior que a pequena curvatura.

SUBDIVISÕES DO ESTÔMAGO
O estômago é composto por três regiões básicas: (1) o fundo, (2) o corpo e
(3) a porção pilórica (Fig. 14.13). O fundo é a porção em forma de balão, lateral
e superior em relação ao cárdia. A porção superior do estômago, incluindo o antro cardíaco do esôfago, é relativamente fixa ao diafragma e tende a se movimentar com o movimento do diafragma. Na posição ortostática, o fundo é normalmente preenchido por uma bolha de ar deglutido, conhecido como bolha gástrica.
Na porção distal do corpo gástrico há uma área de constrição parcial separando
o corpo da porção pilórica. Esse "nó", ou constrição anular, é denominado nó
angular (incisura angular). A porção pilórica do estômago é a sua porção distal,
orientada medialmente e à direita da incisura angular.
A porção pilórica do estômago em geral é dividida em duas partes: (1) o antro
pilórico, mostrado como uma ligeira dilatação imediatamente distal à incisura
angular, e (2) o canal pilórico, um canal estreito que termina no esfíncter pilórico.
O estômago preenchido com bário na Fig. 14.14 demonstra a verdadeira forma
e aparência do estômago, como vistas nessa incidência em PA do estômago e
uodeno como parte de uma SEED. Reveja as regiões assinaladas e compare-as
com aquelas da ilustração acima.


PREGAS OU RUGAS NO INTERIOR DO ESTÔMAGO

Quando o estômago se encontra vazio, a superfície interna é marcada por numerosas pregas gástricas longitudinais chamadas rugas. Essas pregas
são mostradas na Fig. 14.1 5 e são também demonstradas pelas fissuras serpiginosas
da radiografia do estômago contrastado com bário e ar mostrado na Fig. 14.18.
O canal gástrico, formado pelas pregas ao longo da pequena curvatura (Fig. 14.15), direciona os líquidos diretamente do corpo gástrico para o piloro.

POSICIONAMENTO GÁSTRICO

A ilustração da Fig. 14.16 mostra a orientação típica de um estômago parcialmente cheio
e sob vistas frontal e lateral, numa posição média.
O fundo, além em geral de ser a porção mais superior do estômago, está localizado
posteriormente ao corpo, como visto na representação lateral.
O corpo pode ser visto como inferior e anterior em relação ao fundo.
A porção pilórica se dirige posteriormente. A válvula pilórica (esfínc­ter) e aprimeira
 porção do intestino delgado estão muito próximas da parede abdominal posterior. As relações entre essas partes do estômago são importantes, tendo em vista a distribuição do 
ar e do bário no estômago em posições corporais específicas.

DISTRIBUIÇÃO AR - BÁRIO NO ESTÔMAGO

Se um indivíduo deglute uma mistura de água e sulfato de bário, junta­mente com alguma porção de ar, como nas Figs. 14.17 e 14.18, a posição do corpo desse indivíduo vai determinar a distribuição do ar e do bário no interior do estômago.
Como já observado, na ilustração em vista lateral pode-se observar que em
decúbito dorsal a região fúndica do estômago é a mais baixa, onde o bário,
mais pesado, vai se alojar (Fig. 14.17).
Em decúbito ventral o fundo é a porção mais alta, fazendo com que o ar
preencha essa região do estômago, como visto na Fig. 14.18.
Essa aparência de acordo com o posicionamento é também mostra­da nas
ilustrações da Fig. 14.19, onde o ar é representado em preto e o bário em branco,
da mesma forma que se apresentam numa imagem radiográfica.
A ilustração inferior esquerda mostra o estômago de uma pessoa em
decúbito dorsal.
A ilustração do meio mostra o estômago de uma pessoa em decúbito ventral.
A ilustração inferior à direita mostra o estômago de uma pessoa que se
encontra em posição ortostática. Nessa posição, o ar tende a ascender até o
fundo, enquanto o bário desce, por gravidade, preenchendo a porção pilórica
do estômago. O nível ar-bário na posição ortostática ten­de a ser uma linha reta,
iferentemente do que ocorre nos decúbitos dorsal e ventral.
Quando se estudam imagens radiográficas do estômago contendo ar e bário,
deve-se determinar a posição do paciente pelas localizações relativas do ar e
do bário dentro do estômago.



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